Oftalmologistas falam sobre catarata: o que causa e tipos de tratamentos
Cirurgia de catarata é segura? Catarata ocorre quando o cristalino começa a ficar opaco.
O Bem Estar desta terça-feira (16) recebeu os oftalmologistas Emerson Castro e Mauro Campos para falar sobre a cirurgia de catarata. Ela é segura? Existem riscos? Em São Bernardo do Campo (SP), 17 pessoas ficaram cegas e quatro ainda correm o risco de perder a visão depois de serem operadas em um mutirão da catarata em janeiro. Em 2014 aconteceu a mesma coisa em Barueri (SP).
Não se sabe ainda como os pacientes foram contaminados. “Não é uma bactéria presente no hospital. Todos os indícios nos levam a levantar algumas possibilidades: contaminação estava em algum medicamento, em algum insumo ou instrumento utilizado no processo de trabalho”, relata a secretária de saúde de São Bernardo do Campo Odete Gialdi.
O advogado do instituto José Luiz Macedo diz que os materiais são certificados pela Anvisa. “Tudo que é utilizado, que é fornecido pelo instituto, que é de responsabilidade dele, tudo é certificado pela Anvisa e passa pelo critério, pelo protocolo médico necessário.”
Enquanto não encontram a causa, alguns pacientes tentam combater a infecção com remédios. Outros adotaram medidas mais drásticas: retirar o globo ocular.
Catarata
A catarata ocorre quando o cristalino do olho começa a ficar opaco, causando uma visão embaçada, falta de nitidez e visão dupla. Histórico familiar pode ser uma tendência ao desenvolvimento. O tratamento é indicado quando a condição passa a atrapalhar as atividades diárias da pessoa.
Entre os tipos estão o senil, que ocorre com o avanço da cidade; congênita, que surge logo no nascimento por causa de infecções intra-uterinas como rubéola, sarampo ou sífilis; secundária, causada por doenças ou medicamentos; traumática, que se desenvolve após alguma lesão no olho; e pode ocorrer após tratamentos com radiação.
O tratamento mais comum é o cirúrgico, independente do grau de comprometimento da visão. O maior risco da cirurgia é realmente a infecção bacteriana, não necessariamente durante o procedimento, mas sim no decorrer do pós-operatório. Caso o paciente sinta dor é preciso voltar ao oftalmologista.